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A campanha Maio Roxo promove conscientização sobre as doenças imunomediadas inflamatórias e procura disseminar a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado. Uma das condições que são abordadas durante a campanha é o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus), doença crônica inflamatória em que o sistema de defesa do organismo reage contra as células saudáveis, causando danos que podem afetar a pele, as articulações e os órgãos do corpo.1 

Estima-se que cerca de 65 mil pessoas convivem com o lúpus no Brasil, sendo que a maioria são mulheres entre 20 e 45 anos de idade. As causas do lúpus ainda são desconhecidas, mas pesquisas apontam que fatores genéticos, hormonais e ambientais contribuem para seu desenvolvimento.1

Os sinais e sintomas da condição são bastante individuais e variam conforme o tipo de manifestação da doença, que pode atingir somente a pele ou se estender por todo o organismo. Alguns dos sintomas mais gerais incluem cansaço, desânimo, febre baixa (mas raramente, pode ser alta), emagrecimento e perda de apetite.1

Não há um único exame específico para o diagnóstico do lúpus, mas o médico pode confirmar a condição ao avaliar os sintomas apresentados pelo paciente e analisar os resultados de exames que auxiliam no diagnóstico. Para isto, o profissional de saúde pode solicitar exames laboratoriais de sangue e urina para verificar a presença de anticorpos antinucleares, presentes em grande parte das pessoas com lúpus, além da presença de inflamações que apoiam o diagnóstico.2

Apesar de se tratar de uma doença inflamatória crônica e autoimune para a qual não há uma cura específica, é extremamente importante ressaltar que o lúpus pode ser controlado com uso de medicações que ajudam a diminuir a ação do sistema imune. Os tratamentos são indicados de acordo com a manifestação e gravidade dos sintomas, e abrangem medicamentos antimaláricos, medicamentos imunossupressores, medicamentos corticoides e medicamentos analgésicos.3 Além disso, a doença não está sempre ativa no organismo, e é possível realizar normalmente as atividades do dia a dia, seja nos momentos de trabalho ou de lazer.

De qualquer forma, alguns cuidados são fundamentais para evitar agravar a atividade da doença, como se prevenir contra a exposição solar, não fumar e procurar não passar por uma gestação caso o lúpus não esteja controlado.4 Estar munido das informações certas pode mudar por completo o quadro de um paciente que convive com o lúpus, e é por isso que a conscientização é tão importante nesse processo, afinal, é preciso descobrir primeiro, para aprender a conviver depois.

Referências:

  1. Sociedade Brasileira de Reumatologia, O que é o Lúpus: https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lupus-eritematoso-sistemico-les/
  2. Leforte. Sua saúde. O que é lúpus. Disponível em: https://leforte.com.br/sua-saude/o-que-e-lupus/. Acessado em: 09/05/2022.
  3. LUPUS FOUNDATION OF AMERICA. What is lupus?. Disponível em: https://www.lupus.org/resources/what-is-lupus>. Acesso em 03 nov 2020
  4. Freemer MM, King Jr TE, Criswell LA. Association of smoking with dsDNA autoantibody production in systemic lupus erythematosus. Ann Rheum Dis. 2006;65:581-4

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