- Por: Gabriela Parron
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A Fibrilação Atrial (FA) afeta cerca de 2.000.000 pessoas no Brasil, sendo uma das principais manifestações de arritmias cardíacas. Por aqui, todos os anos, aproximadamente 51 mil casos de AVC são decorrentes de FA. Além disso, hoje, estima-se que entre 15-20% dos AVCs estão relacionados à Fibrilação Atrial.
Mas, afinal: o que é esta doença?
O que é Fibrilação Atrial?
A Fibrilação Atrial é o tipo mais comum de arritmia cardíaca. Os impulsos elétricos que coordenam as batidas do coração ficam irregulares, fazendo com que o coração dispare de repente.
O grande problema nessa irregularidade é que os átrios não contraem corretamente, fazendo com que as batidas por minuto cheguem até a dobrar, em alguns casos. Todo esse quadro leva a uma insuficiência cardíaca.
A insuficiência cardíaca estimula a formação de coágulos e é aí que mora o perigo: coágulos no sangue podem causar infarto ou até mesmo um AVC
Quais os sintomas da Fibrilação Atrial?
Quando algo em nosso corpo não funciona corretamente, ele nos dá indícios de que algo não está indo muito bem. Com o coração não é diferente. Alguns sintomas abaixo são comuns aos pacientes com FA:
- Fadiga
- Queda de pressão
- Falta de ar
- Desmaios
- Enjoos e tontura
- Desconforto no peito
- Palpitações no coração
As palpitações no coração são sintomas bem comuns e podem durar pouco, coisa de segundos, ou até mesmo vários dias.
Qual é o tratamento para Fibrilação Atrial?
O tratamento para Fibrilação Atrial é uma combinação de uso de fármacos com mudança do estilo de vida. Alguns casos, a ablação pode ser necessária.
Existem no mercado medicamentos antiarrítmicos que controlam as descargas elétricas e estabilizam o ritmo do coração. Em alguns casos o uso de anticoagulantes também se faz necessário, evitando o risco de AVC ou infarto.
A ablação é uma cirurgia minimamente invasiva que cauteriza a parte do coração que está causando a arritmia. A eficácia deste procedimento é de cerca de 70%, podendo cair em casos persistentes.
“Nas últimas duas décadas, a Fibrilação Atrial (FA) tornou-se um importante problema de saúde pública, com grande consumo de recursos em saúde. Apresenta importante repercussão na qualidade de vida, em especial devido a suas consequências clínicas, fenômenos tromboembólicos e alterações cognitivas. Além disso, possivelmente esses números ainda estão subestimados, uma vez que muitos casos (10-25%) não provocam sintomas.”
(II Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial. Arq Bras Cardiol 2016; 106 (4 Supl.2):1-22)
Para se prevenir dos comprometimentos que a FA pode trazer à saúde é essencial a mudança no estilo de vida. É preciso que o paciente melhore a sua alimentação, faça suas refeições de forma saudável, pratique atividades físicas e evite o uso de cigarro e bebidas alcoólicas.
Além disso, combater o estresse diário é uma tarefa super importante para acalmar o músculo cardíaco. Dormir bem também faz parte da prevenção e auxilia a prevenir esta e outras condições cardíacas.
Fonte: Sobrac, Simpósio Em Brasília Discute Arritmias Cardíacas, Descompasso Do Coração Que Atinge Cerca De 01 A Cada 10 Brasileiros; Abpi, One Year On – Why Are Patients Still Having Unnecessary Af-Related Strokes?; Circulando Aqui, Arritmia Cardíaca Mais Comum Do Mundo Ainda É Desconhecida Pela Maioria Dos Brasileiros, Aponta Pesquisa; Bacelar A.C., Et Al, Arritmias Cardíacas Na Sala De Emergência E Uti. Anticoagulação Do Paciente Com Fa Aguda Submetido A Cardioversão: Já Podemos Contar Com Os Novos Anticoagulantes Orais?, Rev Soc Cardiol Estado De São Paulo 2018;28(3):286-90; Veja Saúde, O Que É Fibrilação Atrial: Causas, Sintomas E Tratamento; Medtronic, Opções De Tratamento Para A Fibrilação Atrial; Medscape, Discutindo Ablação Cirúrgica De Fibrilação Atrial Em 2020.
Gabriela Parron
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